quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Amizade napolitana


Sempre gosto de escrever e de falar sobre amizades, na verdade quando estou fazendo ambos estou refletindo e isso eu adoro. Pensar sobre as coisas, aguçar as ideias, redimensionar o olhar sobre os fatos, sobre as falas e principalmente sobre as pessoas. Isso faz que a gente admire mais nossos amigos, saiba mais sobre eles, entenda-os e principalmente reze por eles, isso mesmo pois como diria Santa Terezinha do Menino Jesus: "Rezar é pensar em quem se ama".
Pois bem, pensando sobre meus amigos, começo a observar a gênese de cada amizade, algumas foram instantaneamente, desse tipo eu gosto muito. Aquela sensação que você se reconhece no outro, o prazer em conhecer alguém que rapidamente de entende, além da impressão que você já conhece outro a trocentos anos. Tem aquelas amizade fruto do convívio, onde você não se reconhece no outro, mas os mesmo hábitos fazem com que a intercessão entre você e o outro gere semelhanças que frutifica numa amizade. Há também aquela famosa ocasião onde você detestava a outra pessoas e ela a você e logo depois toda essa impressão muda.
Mas há um tipo de amizade que não se enquadra em nenhum das situações acima, mas também tem um pouco de todas. Falo da amizade napolitana, em homenagem ao sorvete. É o seguinte, sempre achei curioso sorvete napolitano, primeiramente por ser um dos poucos sabores tradicionais que mesclam três sabores e principalmente por ser sabores que funcionam tão bem individualmente, mas se juntasse apenas dois não dariam muito bem, são os três ( o chocolate, a baunilha e o morango) juntos que condiciam tal bom casamento, e isso se aplica bem a certo tipos de amizades onde não há muito afinidade, não são semelhantes mas acontece um funcionamento que se assemelha a gostosa sensação de tomar um sorvete, é como se esse amigo tivesse edificado com você esse sabor, sabor esse que dá a impressão que não se encontra em nenhum outro lugar. É um exemplo real que as vezes o resultado é maior que as somas das partes. Amizade.


Dedico o post a Marcella Claúdia e Walmir Luna

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