sábado, 4 de fevereiro de 2012

Samarago - mesmo lendo, ele me deixa sem palavras.


Confesso, foi por puro modisto que comecei a ler José Saramago, na verdade estava mais interessado no livro (apenas) devida a sua adaptação para o cinema, Ensaio sobre a cegueira - Adaptado por Fernando Meirelles para a telona. Mas quando li o primeiro capitulo do livro que rendeu ao escritor o nobel de literatura me rendi o talento descomunal que esse cara possui com as palavras.
Tal livro que conta numa narrativa alegórica a história da humanidade após a uma epidemia de uma cegueira branca, é daquele tipo de livro que envolve você ao máximo ao ponto de você sentir-se na quarenta, onde os personagens ficam um bom tempo do ensaio. A forma como ele faz decorrer os fatos, os detalhes do ambiente, a construção psicológica, tudo... exatamente tudo é feita com uma propulsão que nunca tinha visto, além de uma métrica orginalissíma e uma tempo de tirar o fôlego do leitor mais experiente. Mas o que o faz de fato ser o único escritor de língua portuguesa é seu diferencial enquanto pessoa, José Saramago soma características pessoais que já o torna um ser interessante, ele é ateu, convicto. Comunista, romântico e dono de humor ácido e elegante tudo isso somado a capacidade de externar através das palavras garante a qualquer bilhete seu o adjetivo de brilhante.
Apesar de ser cristão católico ele é o único ateu que admiro.

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